quarta-feira, 27 de maio de 2009

Revista Conjuntura Econômica

A Biblioteca Ministro Raimundo Girão recebeu em maio mais uma edição da revista acima citada.
Índice da Revista conforme o site da editora: http://www.fgv.br/conjuntura_economica/cecon/index.asp.

Carta do IBRE

Spread bancário no Brasil: nem todas as armas foram usadas
Hoje, pouca coisa causa mais estranheza, e provoca críticas, na área econômico-financeira, do que os elevadíssimos spreads cobrados pelos bancos. E isto ocorre nas instituições privadas e nas públicas. Para reduzir os spreads, o governo poderia empregar a Caixa Econômica Federal, que é 100% estatal, para estabelecer parâmetros de rentabilidade no setor bancário. A política de concessão de crédito da Caixa se pautaria por uma taxa de retorno arbitrada pelo Poder Executivo, resguardando a saúde financeira da instituição. A partir deste parâmetro, o banco estatal ofereceria juros com spreads que cumpririam a meta, independentemente de a concorrência praticar juros mais altos.Leia na íntegra.

Entrevista
Niall Ferguson
O professor de Harvard diz que a crise marcará o fim do crédito fácil para consumo e de bancos pouco capitalizados. Ele acredita que um plano de salvamento financeiro global encontrará dificuldades por causa de obstáculos políticos.

Macroeconomia
A marola e o tsunami
O Brasil viu sua economia despencar no último trimestre de 2008. Quais são as opções de política econômica neste cenário de crise internacional? Resposta com o professor Fernando de Holanda Barbosa.

Juro básico:
há limite para queda?

A derrubada dos juros, que no exterior já se aproximam do zero nominal, não está promovendo a superação da crise. O tema é o assunto do economista Alberto Furuguem.

Desigualdade de renda e políticas distributivas: duas questões metodológicas
O professor Rubens Penha Cysne discute a pertinência ou não de políticas distribucionistas com o objetivo de minorar a desigualdade de renda.

Especial
Tempos cruéis
para exportar manufaturados
No primeiro trimestre deste ano as exportações de manufaturados registraram queda de 22,1% em comparação a igual período de 2008. As indústrias exportadoras já enfrentavam problemas por causa da sobrevalorização do real. E a situação piorou quando o dólar começou a subir, favorecendo as exportações, mas coincidindo com a eclosão da crise internacional. Klaus Kleber relata o momento enfrentado pelo comércio exterior.


De 2008 à recessão de 2009
O volume das exportações mundiais cresceu 2%, em 2008, mas deve cair 9%, em 2009, informa a OMC. O futuro das transações internacionais é analisado pela professora Lia Valls Pereira.


Estratégias comerciais para a longa crise
Na hipótese de o protecionismo aumentar, faz-se necessário pensar em estratégias comerciais para os tempos de crise, defende o professor Renato G. Flores Jr.

Justiça
O brasileiro e o Judiciário
Joaquim Falcão, diretor da FGV DIREITO RIO e membro do Conselho Nacional de Justiça, analisa pesquisa que trata das relações entre a sociedade e o Judiciário.

Social
Os motivos dos sem-escola
Entender as motivações relatadas diretamente pelas pessoas para não estarem na escola é o objetivo do artigo do economista Marcelo Neri.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

ONU anuncia lançamento de universidade gratuita e online

21/05/2009 - 10h05

Por Redação da ONU-Brasil

A ONU está trabalhando para disseminar os benefícios da Tecnologia da Informação pelo mundo. A Aliança Global das Nações Unidas para Informação, Tecnologia da Comunicação e Desenvolvimento (GAID) acaba de anunciar o lançamento da Universidade do Povo, instituição sem fins lucrativos que vai oferecer educação online e gratuita.

De acordo com a agência, seu foco em 2009 são as metas para educação e como a Tecnologia da Informação pode ajudar o mundo a alcançá-las. O fundador da Universidade do Povo, Shai Reshef, lembrou que para milhares de pessoas em todo o planeta a educação superior não passa de um sonho. Eles são tolhidos por problemas financeiros, pela falta de instituições do gênero onde vivem — ou simplesmente não podem abandonar suas casas para freqüentar uma universidade, por motivos pessoais.

Reshef destacou que a Universidade abriu o caminho para essas pessoas continuarem seus estudos de casa. A instituição tem um custo mínimo, já que usa tecnologia de código aberto, materiais escolares compartilhados com poucas restrições de direito autoral, métodos de aprendizado pela internet e métodos de aula “p2p” (do inglês, peer-to-peer), ou seja, focados no compartilhamento. O processo de admissão foi aberto sem nenhuma divulgação há apenas duas semanas e, mesmo assim, 200 estudantes de 52 países já se candidataram.

Os estudantes serão alocados em classes de até vinte alunos. Depois disso, eles podem acessar aulas semanais, discutir os assuntos com seus colegas e fazer provas — tudo online. Há ainda professors voluntários, estudantes comuns e de pós-graduação que podem oferecer ajuda. O estudante só paga uma taxa de admissão — que vai de 15 a 50 dólares, dependendo de seu país de origem — e outra, que vai de dez a cem dólares, por cada prova. Para que a Universidade funcione, é preciso 15 mil alunos e seis milhões de dólares. Reshef já doou um milhão do próprio dinheiro.

Para saber mais sobre a Universidade do Povo, acesse o http://www.uopeople.org/


(Envolverde/ONU-Brasil)

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Pós-graduação Servidores terão incentivo a estudos

http://www.opovo.com.br/opovo/politica/

2 Mai 2009 - 01h21min


Os servidores públicos estaduais passarão a ter direito de receber financiamento do Governo do Estado para fazerem cursos de pós-graduação. A mensagem do Governo que estabelece a lei foi aprovada ontem pela Assembleia Legislativa, com emenda que estendeu o direito - originalmente previsto apenas para servidores em cargos de nível superior - para todos os servidores formados.

O incentivo vale para cursos de especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado, e prevê também a possibilidade de financiamento de estudos fora do País. O custeio será feito em forma de pagamentos indenizatórios a gastos feitos pelos servidores, e variam de R$ 229 a R$ 2.860.

Os beneficiados terão de permanecer em seus cargos por pelo menos o dobro do período em que receberem o incentivo, sob pena de ressarcir os recursos gastos ao Estado. Eles também terão de cumprir requisitos mínimos de aprovação e frequência.

Segundo o vice-líder do Governo na Assembleia, Roberto Cláudio (PHS), o financiamento será feito de acordo com as necessidades de cada secretaria. (Gabriel Bomfim)

sábado, 23 de maio de 2009

China: Um doutor especial salva livros

Na China, Du Weisheng salva livros e documentos históricos em péssimo estado. Ele tem 60 anos e restaura antigos volumes e manuscritos destruídos pelo tempo, a umidade e os ratos.

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Biblioteca de José Mindlin poderá ser acessada pela internet

Colecionador doou seus livros raros à USP. Um robô "devorador de livros" está escaneando os exemplares.


A paixão de um brasileiro por seus livros em breve vai ser compartilhada com todos nós. A Universidade de São Paulo se prepara para receber parte da biblioteca Brasiliana, doada pelo empresário e colecionador José Mindlin.

SAIBA mais sobre a Brasiliana


Poderá ser acessado de qualquer parte do mundo, pela internet, e também fisicamente, em um prédio que está sendo construído para receber a Brasiliana. Um tesouro, de um homem sonhador, que vai se tornar público pelo esforço de gente que acredita que um grande país só se faz com cultura e educação.

É em um vazio moldado a ferro, onde ainda o concreto escorre, que caberá o conhecimento. A biblioteca por enquanto é toda imaginação.

“São três andares de livros. Todas as paredes com toda coleção exposta. A ideia é que a gente tivesse sempre o visitante em contato com o acervo”, explica o arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb.

Este será o corpo da Brasiliana, biblioteca formada por 17 mil títulos, todos sobre o Brasil ou feitos no Brasil, doados à USP pelo avô de Rodrigo, o empresário e bibliófilo, José Mindlin.

“A arquitetura é coadjuvante nesse processo porque os livros são a alma. Estamos cuidando de dar um corpo para receber dignamente a coleção e ter acesso para meus filhos, netos e de todos nós”, diz o arquiteto Rodrigo Mindlin Loeb.

A alma da Brasiliana ainda está bem longe; na casa de José Mindlin, no espaço especialmente construído, ao lado do jardim, para abrigar a biblioteca dele com quase 100 mil volumes.

É uma sala de preciosidades e raridades. Os livros são do século 19, de literatura brasileira. Lá, estão quase todas as primeiras edições dos livros de Machado de Assis. Há as primeiras edições dos dois romances mais lidos no século 19: “O guarani”, de José de Alencar e “A moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo.

Ao pé da escada fica Santo Inácio, um verdadeiro santo do pau-oco. No espaço de trás escondiam o ouro para escapar ao fisco dos portugueses. É neste espaço da memória e do passado que vive um novo agregado: um robô do século 21, um devorador de livros, que lê 2,4 mil páginas por hora.

O livro que o robô tem nas mãos é “Helena”, autografado por Machado de Assis, dedicado a um velho amigo dele, Salvador de Mendonça. A tudo isso nós teremos acesso, via internet.

“Enquanto o prédio está sendo construído, já estamos construindo a biblioteca digital”, aponta o coordenador da Brasiliana digital Pedro Puntoni.

“Podemos transformar uma imagem recém tirada do robô em uma página que seja portátil para a web”, explica o engenheiro de computação Vitor Tsujiguchi.

“O usuário vai ver o livro tal como ele é: a imagem do livro original, mas por trás dessa imagem há uma versão digitalizada, como se fosse transcrito. O usuário pode fazer busca por palavra, frase, iluminar trecho, copiar e colar. A pessoa vai poder imprimir em casa, encadernar e colocar na sua estante”, antecipa o coordenador da Brasiliana digital Pedro Puntoni.

O robô reconhece 120 línguas. Até o final do ano o plano é que ele tenha digitalizado 4 mil livros e 30 mil imagens.

Quem está encantado com o trabalho do robô é o professor titular de história do Brasil, Istvan Yancsó, coordenador geral do projeto: “O conceito dessa biblioteca é atender a uma multiplicidade de destinações. É um serviço que a USP vai prestar à nação. Tudo que nós estamos fazendo é sempre em cima da ideia de que é uma colaboração para montagem de alguma coisa que não vai ser a Brasiliana da USP, vai ser uma Brasiliana brasileira”.

Os primeiros livros que já estão sendo digitalizados são os dos viajantes que percorreram o Brasil nos séculos 16, 17, 18 e 19. Toda a coleção das gravuras de Debret. Depois disso será a vez de todos os livros de história do Brasil e literatura brasileira. Os 17 volumes da primeira edição dos sermões do Padre Vieira, a primeira edição brasileira de “Marília de Dirceu”, de Tomás Antonio Gonzaga - só existem três unidades no mundo. De José de Alencar, a primeira edição do “Guarany”, livro raro.

José Mindlin passou boa parte da vida atrás desse exemplar, um dos únicos existentes e de muitas outras raridades.

Uma biblioteca como esta é um espaço para eternas descobertas. Cristina Antunes, organizadora da biblioteca Mindlin há 29 anos, sabe disso: “Até hoje descubro livros que eu não vi, que eu não li, que não conheço”.

Toda essa coleção começou com um livro de história do Brasil de Frei Vicente de Salvador, e comentários de Capistrano de Abreu. José Mindlin tinha 13 anos, hoje, aos 94, quase 100 mil livros depois, quer dividir com todos o grande prazer que os livros lhe deram.

“Era um sonho, no meio de muitos outros, era sim”, diz o bibliófilo José Mindlin.

A biblioteca Brasiliana está sendo construída na usp com doações de empresas. O prédio deve ficar pronto em julho de 2010. Os primeiros livros já deverão ser abertos para consulta, via internet em meados de junho.

A partir daí, serão incluídos 200 livros e quase mil imagens por semana.

Matéria publicada no: Globo/Bom Dia Brasil